Mas a grande questão agora é: qual será o próximo passo?
As moedas nativas estão perdendo protagonismo. Na rede Solana, por exemplo, qual é o incentivo real em segurar SOL além do staking? As transações já são baratas e o preço do token interfere pouco nesse aspecto. A dinâmica mudou. O ativo usado para pagar gás deixa de ser o centro enquanto os aplicativos se tornam os motores principais do uso, com seus próprios tokens assumindo o protagonismo.
Nos ciclos passados vimos projetos como Uniswap, MakerDAO, Curve, Aave, PancakeSwap, Avalanche, Polygon, Arbitrum, Optimism, Cosmos, Polkadot, Chainlink e até jogos como Axie Infinity dominarem narrativas e atraírem liquidez global. Eles mostraram que o valor não está apenas na rede base, mas no ecossistema de aplicações e nas utilidades criadas.
Hoje vejo menos sentido em especular apenas nas moedas nativas. O que realmente importa é compreender projetos que brilhem os olhos, especialmente aqueles que têm mecanismos de buyback e equipes dedicadas a evoluir o protocolo. São iniciativas que não apenas seguram seus tokens, mas reinvestem energia, tempo e receita para expandir.
Acredito que no próximo ciclo os grandes ativos estarão nessa categoria. Projetos como Hyperliquid, Aave, Pump.fun e outros que já apresentam receita consistente devem atrair a atenção para narrativas mais sólidas e não parecerão tão arriscados como agora.
A temporada dos tokens de pura governança está acabando. Eu não quero apenas opinar em um protocolo. Eu quero ser sócio, quero usar, participar e compartilhar da receita.
